31 de jan. de 2012

Alvorada

Hoje foi um dia especial. Dentro da minha vida "Waldorf" posso dizer que o mais especial.

Por volta das 07:30 da manhã, na quadra de cimento da Viver Escola Waldorf de Bauru, todos os alunos da escola se posicionaram para participar da cerimônia de recepção dos alunos do primeiro ano do Ensino Fundamental. Eram centenas de crianças e adolescentes (todos os alunos do jardim da Infância até o 12º ano do Ensino Médio).

Depois de uma breve explanação sobre o significado da cerimônia, aluno por aluno foi apresentado à todos da escola pela professora de classe. Individualmente, os pais levavam seus filhos até um arco de flores. Os alunos, então, eram recebidos do outro lado do arco pela professora e um padrinho (um aluno ou aluna que este ano de 2012 ingressou no Ensino Médio).

Depois que os dezoito alunos passaram pelo arco e receberam de seus padrinhos um cartão de boas vindas confeccionados artesanalmente por cada um, houve a apresentação da "Aquarela do Brasil" pelos alunos do Ensino Médio que tocavam flautas, violões, xilofone, tambor, dentre outros instrumentos.

O respeito, carinho e principalmente o comprometimento dos professores e alunos me deixou muito emocionada. (a mim e a todos os pais presentes).

A cerimônia foi encerrada com o verso da manhã, em um só coro de pais, professores e alunos.

Voltei para casa imensamente feliz e cheia de esperança!


29 de jan. de 2012

Escolas Waldorf se diferenciam por sua metodologia de ensino

Ingressar na escola somente aos sete anos de idade. Espaços abertos em meio a natureza, lancheiras customizadas e ensino adequado a faixa etária. Estas são algumas das características da Pedagogia Waldorf, que tem seu embasamento na concepção de desenvolvimento do ser humano introduzida por Rudolf Steiner*. Essa concepção leva em conta as diferentes características das crianças e adolescentes segundo sua idade para o ingresso na escola e o tipo de aprendizado, diferentemente de alguns colégios e famílias que chegam a brigar na justiça para incluir suas crianças cada vez mais cedo nas escolas.

Por tudo isso o caso das escolas Waldorf chegou ao Conselho Nacional de Educação (CNE), para analisar a possibilidade de a criança ingressar mais ‘velha’ nessa etapa de ensino. O órgão, ligado ao Ministério da Educação (MEC), é autor da resolução que estabeleceu o mínimo de quatro e seis anos completos até o dia 31 de março para ingresso na pré-escola e no ensino fundamental, respectivamente.

Para a médica Elaine Marasca, presidente Da Liga dos Usuários e Amigos da Arte Médica Ampliada (LUAAMA), ‘o respeito ao desenvolvimento infantil é o respeito à maturação integral da criança nos níveis físico (maturidade neurológica), psíquico (maturidade emocional) e espiritual (maturidade do próprio eu). Estes processos precisam de prontidão correta para que se consiga uma interiorização de conteúdos e outros aprendizados para um desenvolvimento integral e harmônico. A precocidade exige um esforço que ainda não encontra ‘solo’ para um correto desenvolvimento, complicando e confundindo o desabrochar saudável da individualidade.’
Na Pedagogia Waldorf o ser humano é visto do ponto de vista físico, anímico e espiritual. Cultiva-se o querer (agir) através de atividades em praticamente todas as aulas; o sentir é incentivado por meio de abordagens artísticas encontrada em todas as matérias, além de atividades artesanais específicas para cada idade; e o pensar é cultivado gradativamente desde o início da escolaridade até o ensino médio, tendo o mesmo ‘peso’ e cuidado que o sentir e o agir. 

O fato de não se exigir ou cultivar um pensar abstrato, intelectual, muito cedo é uma das características marcantes da Pedagogia Waldorf em relação a outros métodos de ensino. ‘Por exemplo, não é recomendado que as crianças aprendam a ler antes de entrar na 1a série. Outro aspecto que merece destaque nas escolas Waldorf é a ausência do computador antes do ensino médio, pois este força um pensamento lógico-simbólico. Sabemos que a linguagem do computador é a mesma se eu ‘brinco’ de contar borboletas ou se desenvolvo um teorema’, explica a médica que também é Mestre em Educação e autora do livro ‘Saúde se aprende, educação é que cura’.

As escolas Waldorf são totalmente livres do ponto de vista pedagógico e cada uma é independente da outra. O que as une é somente o ideal de concretizar e aperfeiçoar a pedagogia de Rudolf Steiner, com o objetivo de formar futuros adultos livres, com pensamento individual e criativo, sensibilidade artística, social e para a natureza, bem como a energia para buscar livremente seus objetivos e cumprir os seus impulsos de realização em sua vida futura. 

*Rudolf Steiner – filósofo, educador, artista e fundador da Antroposofia, da Pedagogia Waldorf, da agricultura biodinâmica e da medicina antroposófica. Com uma sistematização de precisão científica, apresenta o homem de maneira integral, considerando o físico, a psiqué (alma) e a individualidade (eu).

Sugestão de fonte:
Dra. Elaine Marasca – médica, mestre em educação, autora do livro Saúde se aprende, educação é que cura e presidente da Liga dos Usuários e Amigos da Arte Médica Ampliada (LUAAMA)

Os quatro temperamentos




Os quatro temperamentos
Rudolf Lanz,
in A Pedagogia Waldorf.
    Embora cada ser humano leve o marco indelével do seu Eu, existem tipos humanos baseados na constelação dos seus componentes, e que não devem ser confundidos com as raças nem com os tipos humanos postos em evidência por Jung, Kretschmer e outros. Trata-se dos quatro “temperamentos”.

    Quando notamos num indivíduo a predominância de um “temperamento”, a causa mais íntima é, via de regra, uma falta de harmonização entre as duas correntes que compõem sua personalidade total, isto é, a reencarnação e a hereditariedade.

    Convém deixar bem claro que é raro encontrar um indivíduo que represente um determinado temperamento de forma pura.


    Em geral, coexistem traços de dois ou mais temperamentos.

    Na caracterização a seguir, procuramos descrever os tipos mais ou menos “puros”.


SANGÜÍNEO [elemento AR, naipe de ESPADAS]

Ar

A criança sangüínea pode também ser chamada de “aérea”. Seu corpo leve e ágil parece viver    acima do chão. Nunca pára durante muito tempo, seus movimentos consistem em pulos; quando cai, não chora senão durante alguns segundos para logo voltar à alegria, que é seu estado predominante.     Assim como não põe os pés firmemente sobre o chão, tampouco se fixa a uma ocupação. Da mesma forma, não se prende durante muito tempo a uma tarefa.
   É geralmente inteligente, mas carece de perseverança e de concentração. Não gosta de comida pesada, e tem uma predileção por alimentos azedos e picantes Adormece facilmente e acorda rapidamente. De modo geral, sentimos nela um predomínio do elemento aéreo, isto é, dos processos da respiração e circulação. Em casos extremos, seu caráter tem uma tendência doentia para a superficialidade e para interesses fúteis. Não é pela força que o adulto consegue dominar esse temperamento. Ele tentará prender o interesse da criança sangüínea a uma ocupação ou a uma pessoa através de uma inclinação afetiva. Se ela for tomada de um verdadeiro amor, fixar-se-á mais demoradamente no objeto de sua afeição.

  Convém lembrar que a infância em geral tem algo sangüíneo em comparação com as outras idades. É uma característica da criança não ligar-se com extrema seriedade àquilo que a circunda.

A alegria e uma inconstância graciosa – lembrando um pequeno passarinho – são qualidades que, mantidas dentro de certos limites, sempre nos sensibilizam, provindas de qualquer criança.
MELANCÓLICO [elemento TERRA, naipe de OUROS]
    O temperamento melancólico é, em todos os sentidos, oposto ao sanguíneo. Em vez da leveza e da alegria, temos o peso e a tristeza. A criança melancólica foge ao contato com o mundo ambiente. Ela cria dentro de si um mundo imaginário em que gosta de se isolar, embora esteja, no fundo, ávida e afeição e de compreensão. Seu próprio corpo parece ser um fardo.
Terra
    Seus movimentos são lentos e desajeitados, contrastando com a agilidade da criança sangüínea. Por isso, a criança melancólica não é, em geral, facilmente aceita pelos colegas; isso reforça sua tendência à solidão e ao ensimesmamento. Não tendo contatos fáceis com o mundo real, ela cria dentro de si um mundo imaginário onde lhe cabe o lugar de honra e de destaque que não consegue ocupar na vida: a criança se transforma em herói, em princesa, em autor de infinitas proezas.

    O ensimesmamento conduz a um egocentrismo exagerado. Como o corpo não é dominado pela criança, ele se transforma em algo pesado e hostil. A criança melancólica tem uma tendência para doenças, qualquer dor ou mal-estar a arrasa, e ela se compraz, de certa forma, no papel de um pequeno mártir. Sua sensibilidade, tanto física como psíquica, é extrema.

    O melancólico come pouco e sofre, muitas vezes, de problemas de digestão. Em compensação, gosta de doces e de balas. Sua vontade é fraca, ele leva muito tempo para acordar, e adormece com dificuldade. Em geral, a criança melancólica tem horror ao frio, aos exercícios físicos, aos jogos violentos.

    A amargura diante da vida reflete-se na denominação deste temperamento: melancolia significa a presença de “bílis preta”. A melancolia só pode ser superada por muito calor: seja pelo afeto e compreensão que vem de fora, seja por um calor da alma que nasce quando a criança tem a sua atenção desviada para outras pessoas que sofrem ainda mais do que ela própria. Daí o seu pendor para contos tristes e sentimentais. Em vez de exercícios esportivos violentos, convêm fazê-la participar de movimentos rítmicos e musicais; sua arte preferida, aliás, é a música.

    Enquanto o temperamento sangüíneo está relacionado com o elemento “ar”, o melancólico tem grande afinidade com o peso da matéria sólida, isto é, com o elemento “terra”.
COLÉRICO [elemento FOGO, naipe de PAUS]
Fogo
    Não é difícil nos convencermos da ligação entre o temperamento colérico e o “fogo”. A criança colérica é em geral pequena e atlética. Seus membros são curtos, a nuca forte e grossa, de modo que todo o corpo contém algo da força concentrada e retida de um touro. Mas esse período de concentração não dura muito. À primeira ocasião, o colérico "estoura" numa atitude de violência descontrolada fora de proporção com a causa do incidente.
    Uma vez terminado o acesso de raiva, o colérico será o primeiro a lamentar seu comportamento, e tomará as melhores resoluções – até a próxima vez.

    É nesses intervalos que o colérico é acessível; tentar retê-lo ou argumentar com ele durante a explosão é inútil e serve apenas para torná-lo ainda mais furioso. Mas, nos intervalos "normais", ele sofre da sua falta de autocontrole. Em geral, seu temperamento tem também muitos aspectos positivos: é uma criança responsável, perseverante, corajosa e aplicada. Nem sempre aprende com facilidade, mas sua energia é dirigida tanto a ela própria quanto ao mundo exterior. Todo o seu ser é dominado pela vontade, e ela joga toda a sua personalidade para realizá-la. O colérico é o líder nato; seus conceitos de moralidade são simples e, às vezes simplistas: o mal tem de ser contido com toda a energia.

    O tratamento do temperamento colérico requer muita paciência e compreensão. Reagir com violência apenas faz a situação piorar.

A melhor maneira de canalizar o excesso de forças represadas consiste em impedir o represamento: exigir da criança colérica grandes esforços físicos, até o limite da sua capacidade.

Convém até colocá-la em situações em que suas forças são insuficientes para levar a cabo uma tarefa, nesse caso, ela será tomada de um sentimento benfazejo de vergonha, ao constatar que não é o “tal”, vencedor de todos os obstáculos.

    Como o colérico faz questão de ignorar qualquer acesso de sentimentalidade, outra abordagem deste temperamento difícil e complexo consiste em desenvolver nele sentimentos de carinho e amor. Se o colérico encontra ideais e objetos elevados para sua veneração, seu autocontrole será mais fácil. Nunca se deve tratar coléricos com ironia ou críticas mesquinhas, pois atrás das aparências duras e violentas, em geral se esconde uma alma delicada e sedenta de carinho.
FLEUMÁTICO [elemento ÁGUA, naipe de COPAS]
    Na criança fleumática observamos uma nítida preponderância dos processos “viscerais”, isto é, do elemento “água”. O corpo gorducho, a sonolência quase crônica, a falta de interesse para com o que acontece ao seu redor, indicam que o fleumático está absorvido por seus processos metabólicos. Vive num sonho constante, do qual detesta ser tirado. Sua fantasia é medíocre, mas, em compensação, ele é muito ordeiro e perseverante. 
Água
    Aliás, seria errado considerar no temperamento fleumático apenas os lados negativos. A constância dos sentimentos conduz a uma bondade em relação aos colegas, e a uma fidelidade fora do comum. Atrás da impassividade da sua expressão esconde-se muitas vezes uma inteligência prática considerável, e a lentidão em captar impressões e conhecimentos novos é compensada pela perseverança, pela calma e pelo espírito metódico.
  
       O fleumático também é um introvertido; mas ele não sofre disto, como o faz o melancólico; ele aprecia não ser incomodado. Grande parte da sua atenção se concentra na comida e na alimentação – primeira fase dos processos metabólicos que predominam seu temperamento. Nas atividades artísticas, aparece freqüentemente um senso estético bem desenvolvido; contudo, a força do fleumático estará menos na inspiração genial do que na execução esmerada e na regularidade de exercícios.

    O tratamento do fleumático consiste principalmente em despertar-lhe a consciência e a atenção. Como tem tendência para dormir muito, devem-se reduzir as horas de sono. Em vez de sopas, pudins e doces que ele adora, convém aumentar o consumo de frutas, saladas e alimentos bem salgados. De modo geral, é preciso lutar contra a gordura e exigir movimentos físicos.

    Em geral, o professor terá em sua classe um equilíbrio entre os quatro temperamentos. Sua arte consistirá em atingi-los todos de maneira igual. Se ele se dirige de preferência aos alunos de um determinado temperamento, os outros vão criar-lhe problemas sérios. Donde a necessidade de atuar sobre todos. Esta capacidade deve ser desenvolvida, pois o professor terá, graças à sua própria índole, uma instintiva propensão para um ou outro temperamento. Um dos meios recomendados por Rudolf Steiner consiste em agrupar os alunos na sala de aula conforme os temperamentos, sentando-os juntos. Desse modo os sangüíneos, por exemplo, ficariam mais calmos, cansando-se mutuamente com sua turbulência; e os fleumáticos, exasperados pela indolência dos seus respectivos vizinhos, ficariam mais "nervosos" dentro das suas possibilidades.

    De qualquer forma, o conhecimento dos vários temperamentos ajuda o professor a compreender os alunos e seu comportamento.

A Pedagogia Waldorf

O objetivo da Pedagogia Waldorf é desenvolver os três veículos de expressão do homem: o corpo, as emoções e a mente, aos quais correspondem três funções: o querer, o sentir e o pensar. Todos esses aspectos precisam ser educados com a mesma atenção para a plena realização do potencial humano.

A Pedagogia Waldorf origina-se da Antroposofia, um conjunto de conceitos criado pelo filósofo Rudolf Steiner, em 1919. Steiner baseou-se na observação do ser humano, que é descrito sob vários ângulos complementares, dois dos quais tendo efeito direto na educação: a constituição humana e o desenvolvimento da personalidade num ciclo de sete anos (setênios).

Para ele, o ser humano é constituído por três veículos de expressão: o corpo, as emoções e a mente, aos quais correspondem três funções: o querer, o sentir e o pensar. Todos esses aspectos precisam ser educados com a mesma atenção para a plena realização do potencial humano.Esse é o objetivo da Pedagogia Waldorf, e por isso ela desenvolveu atividades para cada um daqueles aspectos.

O corpo é educado por meio de atividades práticas como jardinagem, marcenaria, construção, ginástica, trabalhos manuais, culinária, entre outras. Desse modo, fortalece-se também o caráter da criança, pois ela desenvolve a força de vontade, criando qualidades como a disposição para enfrentar dificuldades e a perseverança.

As emoções são educadas pela arte: música, canto, desenho, pintura, literatura, teatro, recitação, escultura e cerâmica. Por meio da expressão artística, são dadas muitas oportunidades para o refinamento da sensibilidade, harmonização de conflitos na área afetiva e interação social.
 
A mente educa-se por meio da transmissão do conhecimento já adquirido pelo homem de forma balanceada e adequada à idade do aluno. Busca-se cultivar o sentimento de admiração que as crianças têm em relação à Natureza e ao mundo como forma de manter vivo o seu interesse em aprender. Arte e atividades práticas são também instrumentos a serviço das matérias acadêmicas.

Com tudo isso, amplia-se a cosmovisão da criança, fazendo com que ela perceba sua ligação não só com os outros seres, mas também com o Universo do qual faz parte.

Esta visão permeia todo o ensino, do jardim ao nível médio, sendo que cada fase do desenvolvimento do aluno é apoiada pelo currículo e trabalhada de acordo com suas características antropológicas. O saber, desta forma, não é o fim último a ser atingido, mas meio para que o aluno alcance harmonia e estabilidade em seu processo de autoconhecimento e conhecimento da realidade exterior. O currículo é desenvolvido por educadores em quem os alunos podem reconhecer ideais dignos de serem seguidos.

Com a educação integrada de todos os aspectos do seu ser, a criança aprende a não dissociar pensamentos, sentimentos e ações. Torna-se, assim, um adulto equilibrado e coerente.
 
Fonte: Revista Beija Flor

10 de jan. de 2012

Não faça sua parte, seja parte!

Dia desses recebi a lista de material escolar das crianças. Além dos cadernos, gizes, flauta e caneca vieram o avental de tecido, o estojo, a bolsa para trabalhos manuais, a mochila sem rodinhas, dentre outros.

Em contato com a professora perguntei se poderíamos reaproveitar algum material vindo da outra escola Waldorf (gizes, avental, bolsa e estojo de tecido, estes últimos feitos manualmente pela antiga professora de meu filho, a Eli). A resposta foi positiva. "Material reaproveitado, planeta sustentado". Quanto menos precisar consumir, melhor!

Na contramão do que ocorre, as escolas Waldorf têm essa preocupação.

Estamos contando os dias para o início das aulas. Será uma grande vivência.
As crianças estarão ao meio de árvores, plantas, flores, bichos, contos, música, teatro, euritmia.... E ao lado delas estarão pessoas comprometidas com a educação e com a vida.

Costumo dizer que a Pedagogia Waldorf não é uma escola apenas para os alunos e sim para todos que, de uma forma ou de outra, entram em contato com ela. E é tão simples, tão simples que basta ser parte de todo o processo.

boa noite!