10 de abr. de 2014

Outono chegou e com ele a época de Páscoa!





A Páscoa no contexto Waldorf, Anna Maria Macrander Karassawa

Todos os anos, na época do outono, num jardim Waldorf, as crianças começam a se preparar para vivenciar intensamente a primeira das quatro festas anuais, a Páscoa. Elas cantam lindas músicas para o coelhinho da Páscoa; ouvem atentamente histórias sobre a lagarta e a borboleta; preparam, com a professora, deliciosas roscas e pães.

Todos esperam ansiosamente o domingo de Páscoa, quando sairão em busca dos ovinhos de chocolate, escondidos pelos cantos da casa e do jardim. Nós, adultos, acompanhamos a alegria das crianças e inevitavelmente nos transportamos para as nossas próprias recordações de infância.

A Páscoa é uma festa repleta de imagens fortes e marcantes. Porém será que temos consciência do que há por trás destes símbolos? Será que sabemos nos preparar internamente para este momento tão importante? Para nós, a festa da Páscoa ocorre no outono. Antigamente, porém, ela acontecia apenas no hemisfério norte, na época da primavera, num período de Europa pagã, quando as pessoas ainda se encontravam à mercê das forças da natureza. Naquela época, sobreviver ao rigor do inverno era um grande desafio, pois muitas vezes os alimentos eram escassos, as vestimentas ineficientes e os abrigos rudimentares. Desta forma, todo ano, sobreviver ao inverno e chegar à primavera era motivo de grande celebração.

Os antigos rendiam cultos em homenagem à primavera, às deusas da fertilidade. Era nesta época do ano que a vida recomeçava, as cores retornavam, tudo desabrochava. Era a vitória da vida sobre a morte. Num período posterior, as culturas judaica e cristã acabaram por absorver estas festividades pagãs. Para os judeus, as comemorações da Páscoa têm uma importância fundamental dentro de suas tradições, pois se remetem ao período em que o povo hebreu sofreu os flagelos da escravidão no Egito.

A libertação ocorreu quando Moisés desafiou o faraó e conduziu seu povo rumo à Terra Prometida. Em hebreu, esta passagem da morte/escravidão para a vida/libertação chama-se PESSACH, de onde vem a palavra Páscoa. Neste fato histórico, mais uma vez ocorreu a vitória da vida sobre a morte. Na tradição cristã, a Páscoa novamente ocupa uma importância fundamental.

Após os quarenta dias da quaresma e depois de refletir sobre os acontecimentos vivenciados por Jesus Cristo durante a Semana Santa (domingo de ramos, condenação da figueira, encontro com adversários no templo, unção, santa ceia, morte, descida ao reino dos mortos e ressurreição), os cristãos comemoram, no domingo de Páscoa, a glória da ressurreição de Cristo.

Com sua paixão, morte e ressurreição, Cristo deixou-nos o precioso legado de uma nova vida após a morte, e quando seu corpo e sangue penetraram no mundo das profundezas, seu espírito possibilitou que a Terra, como um todo, se tornasse um novo centro de luz. No calendário cristão, a Páscoa é uma festa de data móvel. Isso ocorre porque no ano de 325 d.C., bispos da Igreja do ocidente e do oriente se reuniram no Concílio de Nicéia e determinaram que a Páscoa cristã seria sempre comemorada no primeiro domingo seguinte à lua cheia, após o equinócio da primavera (equinócio de outono, no hemisfério sul), que acontece no dia 21 de março.

Nos dias de hoje, vivenciamos a Páscoa através dos olhos das crianças. Num jardim de escola Waldorf, elas entram em contato com o sentido espiritual da Páscoa através de imagens. Contos de fadas como Chapeuzinho Vermelho, O Lobo e os Sete Cabritinhos, entre outros, abordam a vitória da vida sobre a morte.

Porém as imagens que mais claramente se vinculam à idéia de vida, morte e ressurreição são as da lagarta, do casulo e da borboleta. A lagarta é um ser que se arrasta pelo solo, pesado, lento. Quando já se alimentou o suficiente, fecha-se num casulo, onde morre para renascer como uma linda, leve e clara borboleta. O coelho e os ovos também possuem um significado especial nas comemorações pascais. O ovo representa uma vida interior, ainda em estado germinal, que se desenvolve, rompe uma casca dura e em seguida desabrocha em sua plenitude, assim como Cristo ressurrecto saiu de sua tumba. O coelho, por sua vez, representa um animal puro, que não agride. Desta forma ele é digno de carregar e trazer os ovos da Páscoa. Além disso, é um animal muito fértil, que se reproduz com facilidade. Neste aspecto podemos encontrar ainda resquícios daqueles antigos cultos pagãos, que veneravam a fertilidade. Em poucas semanas estaremos comemorando mais uma Páscoa.

Nos dias de hoje, porém, num mundo extremamente consumista, onde as pessoas vivem constantemente sem tempo, a Páscoa, assim como as outras festas anuais, não é encarada sob um ponto de vista espiritual. Na maioria das vezes, não vivenciamos a possibilidade de deixar morrer em nós o que não queremos mais, o que já não nos serve, e também não permitimos que o novo em nós possa florescer.

Porém, todo educador (pais e professores) deveria ter claro dentro de si a possibilidade da vida, morte e ressurreição em hábitos, atitudes e modos de pensar, para tornar-se uma pessoa cada vez melhor, menos endurecida e insensível diante da realidade atual, com seus constantes altos e baixos. Se tivermos consciência da necessidade de cada um realizar este exercício interior, poderemos preparar coerentemente nossas crianças para a época da Páscoa e apresentar a elas símbolos repletos de significados. Só assim estaremos resgatando o real sentido da Páscoa.

Anna Maria Macrander Karassawa
Professora do Alecrim Dourado

O Mistério dos principais símbolos da Páscoa (Gilles Lapouge)

A escolha do coelho e do ovo para representar a Ressurreição de Cristo está associada à regência da Lua, tanto na Páscoa cristã como na judaica; mas a incansável fecundidade do animal também explica a sua escolha para remeter à renovação, ao inesgotável renascimento da morte e à esperança.



Como o Natal, a Páscoa é uma festa cristã muito doce para as crianças: todo dia 25 de dezembro, o Papai Noel distribui seus presentes nas chaminés. Toda primavera européia, a Páscoa reparte, nos jardins, ovos de chocolate e bombons.

Quem traz esses ovos? Na França, eram os sinos: deixavam suas igrejas no fim da quaresma, na noite da quinta-feira santa, pois ficavam deprimidos - Cristo dividia sua última refeição com seus apóstolos e Judas preparava-se para traí-lo. No fim da ceia, Jesus ia passear durante a noite no Monte das Oliveiras, seria preso, em seguida julgado e crucificado. 

Entende-se que essa tragédia tornava os sinos tão tristes que eles cessavam de tocar, fugiam.

No entanto, os sinos não perdem tempo: vão direto para Roma. E, no momento em que a notícia da ressurreição de Cristo chega a eles, fecham, rapidamente, sua pequena bagagem e retomam o caminho de seus campanários. Eles tomavam o cuidado de carregar os ovos, outrora de galinhas, hoje, de chocolate, que espalhavam nos jardins.

Há alguns anos, na França, os sinos dispõem de um assistente que os ajuda a distribuir seus bombons. Esse ajudante é o “sr. Coelho”, que deixa as crianças loucas. De onde saiu esse coelho?

Chegou há algumas décadas, diretamente dos países anglo-saxões - como o Papai Noel, que, aliás, saiu da Alemanha e da Escandinávia, depois estabeleceu-se nos Estados Unidos, e chegou à França em 1945, nos furgões dos soldados americanos durante o “desembarque”.

Na realidade, esse coelho já se encontra na origem das festividades da Páscoa, mas, durante alguns séculos, havia abandonado os países do sul para refugiar-se nas terras anglo-saxônicas. Hoje, talvez cansado das sociedades frias do norte, ele vem saltitar na Europa meridional.

Essa chegada do coelho é uma boa nova. Na realidade, esse animal, longe de ser escolhido ao acaso, ocupa exatamente o centro do sublime mistério da Páscoa (morte e ressurreição de Deus) e faz brilhar seu simbolismo.

O coelho (ou lebre, pois simbolicamente os dois animais se confundem) constitui uma estranha passarela entre duas religiões próximas e distantes, irmãs e inimigas: a religião hebraica e a cristã. O coelho faz com que as duas religiões se comuniquem, como se fosse encarregado de ser o “atravessador” e o reconciliador momentâneo entre duas grandes cenas do teatro divino. Para compreender esse papel sutil do coelho da Páscoa, é preciso dar uma volta pela data fixada para essa festa.

A data da Páscoa é móvel: enquanto o Natal, festa que obedece ao calendário solar, cai sempre no dia 25 de dezembro, a Páscoa muda todo ano.

A razão é a seguinte: a morte de Cristo ocorreu, atestam os evangelhos, no dia da Páscoa judaica. Ora, o calendário judaico - assim como o calendário árabe, mas ao contrário do calendário cristão - é determinado pela Lua, não pelo Sol. E é por isso que as páscoas cristãs, por terem de adaptar-se ao calendário lunar, mudam de ano em ano, em função dos movimentos da Lua.

Lembremos que a Páscoa judaica - a Pessach, ou passagem - comemora a libertação do povo hebreu após um longo exílio no Egito, sua passagem pelo Mar Vermelho (graças ao vento de Deus) sob a orientação de Moisés, e sua chegada à Terra Prometida. Grande festa, portanto, como poucas.

Lua cheia - Essa ligação entre a Páscoa judaica e as páscoas cristãs - além de ser atestada pela morte de Cristo no dia da Pessach - dá-se também na data das duas festas. As igrejas cristãs mais próximas da tradição judaica (Ásia menor) festejaram, durante muito tempo, sua Páscoa no dia da Páscoa judaica, ou seja, no dia 14 nisan (abril, no calendário Juliano), o dia da Lua cheia da primavera.

As igrejas cristãs do Ocidente não seguiram esse exemplo: elas quiseram que a Páscoa, sem apagar a data primitiva da Páscoa judaica (14 nisan), coincida, todavia, com um domingo. Um verdadeiro quebra-cabeças em relação ao calendário: durante os três primeiros séculos, os chefes da Igreja entraram em conflito. Finalmente, o Concílio de Nicéia, em 325 d.C., decretou a regra ainda aplicada: “A Páscoa é o domingo seguinte ao l4º dia da Lua cheia, que atinge essa idade no dia 21 de março (equinócio) ou logo depois.” De acordo com essa regra, a Páscoa pode então ocupar, conforme os anos, 35 posições diferentes, entre os dias 22 de março e 25 de abril, inclusive.

Lembremos que a data das páscoas cristãs é decisiva, uma vez que comanda duas outras festas, a Ascensão - 40 dias depois - e Pentecostes - 50 dias depois.

E nosso coelho? Não o perdemos de vista. De fato, é precisamente por serem a Páscoa judaica e, portanto, as páscoas cristãs regidas pela Lua que o coelho tem a responsabilidade de deixar os ovos nos jardins.

O motivo? O coelho (ou seu duplo, a lebre) é um animal lunar. Não só no Ocidente. Em todas as mitologias, a lebre é uma criatura da Lua. Por que essa associação? Em parte, porque as manchas sombrias que se distinguem no disco da Lua sugerem uma lebre. Nos códices dos astecas, a lebre é representada por um hieróglifo “U”, que denomina a Lua.

A lebre é associada à Lua entre os chineses, no espaço hindu-budista, entre os celtas e entre os hotentotes e, mesmo no Egito Antigo (a lenda de Osíris e Isis). Mas essas não são as únicas razões que explicam que a lebre seja o animal símbolo da maior festa cristã - a ressurreição de Cristo.

Patas curtas - A lebre sempre impressionou os antigos, devido ao fato de suas patas da frente serem mais curtas do que as de trás, anomalia que permite à lebre ser mais rápida na subida do que no terreno plano. É um animal que sobe, que se eleva para o céu. Um texto da Idade Média, o Physiologicus comenta: ‘Você também, homem, faça como a lebre: procure os rochedos quando for perseguido pelo cão execrável, o demônio. Quando o demônio vê o homem escalar a montanha da virtude, ele se desencoraja e arrepia carreira.”

Segundo as palavras do Salmo de Davi: “Que recuem de vergonha, aqueles que planejam minha desgraça.”

Portanto, a lebre, seja por causa do seu gênio lunar ou por motivo das curtas patas da frente, é designada para presidir a festa da Páscoa. Infelizmente, essa mesma lebre tem alguns inconvenientes: seus hábitos, sua moral não são irrepreensíveis. É uma terrível sem- vergonha!

Como o coelho, ela mostra uma incansável fecundidade. Sua disposição entusiasta à copulação transformou-a, nos tempos antigos, em um símbolo da luxúria. E como Cristo não veio à Terra para pregar o coito ininterrupto e os prazeres, foi preciso resolver esse probleminha.

Os primeiros exegetas, felizmente, encontraram a solução. Habilmente, inverteram o símbolo da lebre. Fizeram-na representar não a gula sexual mas, ao contrário, o domínio que se pode ter sobre os sentidos, mesmo quando estes são extremamente tirânicos, como no caso da lebre.

De fato, existe uma vasta iconografia arcaica que mostra “uma lebre branca, deitada aos pés da Virgem Maria”. A lição é clara: a santidade, a pureza, a virgindade de Maria são tamanhas, que chegam a transformar em castidade a volúpia e a baixeza dos instintos. O animal impuro, por excelência, torna-se, por meio de um passe de mágica e graças a uma “ajuda” da virgem, a demonstração de que a virtude triunfa mesmo dos mais grosseiros instintos.

Afinal de contas, a avidez sexual da lebre não é verdadeiramente apagada. Ela é “sublimada”. A lebre continua a ser um símbolo da fecundidade e, portanto, da renovação, da ressurreição, da terra que nutre, da esperança, do inesgotável renascimento da morte (“Se o grão não morre...”)

Ovo de Páscoa - A lebre associa-se a um outro símbolo da Páscoa: o ovo, que a lebre fica encarregada (da mesma forma que os sinos) de distribuir nos jardins. Lebre e ovo pregam a mesma coisa: eis a primavera, o despertar da terra, o fim da morte, o renascimento.

Tudo se passa como se a Semana Santa resumisse, em poucos dias, o ciclo completo da natureza e da vida: a chegada triunfal do Cristo em Jerusalém entre uma multidão que agita palmas (os ramos, uma semana antes da Páscoa), em seguida a morte de Cristo, que é a morte do mundo, depois a ressurreição de Cristo, que é a ressurreição da natureza, da primavera, a volta da esperança, o fluxo da vida.

O simbolismo do ovo é mais simplista, mas tão rico quanto o do coelho. O ovo encarna o “todo” contido em uma simples casca. O ovo é a criação, dobrada em seu envelope, pronta para brotar de acordo com a ordem de Deus, e concebida em sua integridade desde a origem.

Nos textos primitivos, Cristo é comparado ao pintinho que sai de sua casca, casca cuja cor branca simboliza a pureza e a perfeição. Para os alquimistas, o ovo representa a matéria original, aquela de onde tudo sairá e cuja cor amarela prefigura essa “pepita filosofal” tão apaixonadamente procurada.

Notemos que, como para a lebre, a leitura cristã do ovo cruza todas as altas tradições: na índia, vê-se Brahma (o ser) retirar-se em um ovo de ouro, que simboliza sua relação com o Sol. E os gregos nos ensinaram que Zeus, quando quis designar, para os homens, o centro da terra (que estava em Delfos) pediu a duas águias, uma vinda do leste e a outra do oeste, para se encontrarem acima de Delfos e para deixarem cair, no lugar, uma enorme pedra em forma de ovo.

O costume dos ovos foi sempre ardentemente respeitado. Outrora, eram dados às crianças ovos duros verdadeiros, cuja casca era enfeitada com desenhos e pinturas. Na Ucrânia, o ovo era denteado de desenhos na cera de abelha feitos com uma agulha fina e, em seguida, mergulhados em um corante. Hoje, usa-se também ovos de chocolate, o que não tem o mesmo charme, mas o ovo duro decorado pelas crianças perdura.

As lendas são célebres: Simão de Cirene, que ajudou Cristo a carregar a cruz no caminho do Calvário, era um mercador de ovos e, após a crucificação, o felizardo constatou que todos os ovos de suas galinhas ganharam um belo colorido arco-íris.

Obra-prima - Ao longo dos séculos, o hábito de pintar ovos mantém-se, nos meios mais humildes ou nos mais refinados. No século 18, o rei Luís XV pediu ao pintor Watteau para decorar ovos para sua filha, Madame Victoire. A obra-prima ainda pode ser vista no Museu do Louvre.

Na Rússia, foram criadas, no século 18, manufaturas para produzir ovos de porcelana, de vidro, de madeira, de escamas, de pedra dura, de papel e de carapaça de tartaruga. A aristocracia russa pedia a seus ourives jóias em forma de miniatura de ovos, que as mulheres usavam na época da Páscoa.

No século 19, um joalheiro de origem francesa, Carl Fabergé, recebeu do czar Alexandre III a encomenda de 46 ovos de metal e pedras preciosas que queria oferecer, um por ano, à sua esposa Marie Feodorovna.Para honrar esse pedido fabuloso, Fabergé deveria trabalhar 46 anos, pois cada ovo exigia milhares de horas de trabalho e continha, em seu centro, uma surpresa que comemorava um fato histórico determinado. Assim foi a festa da Páscoa que deu origem a esses “ovos Fabergé” que, hoje, os colecionadores disputam com o auxílio de milhões de dólares.

Tradução de Wanda Caldeira Brant

7 de abr. de 2014

Gripes e resfriados

E já estamos no Outono, estação em que o nosso corpo se prepara para o clima mais seco e frio que o inverno vai trazer e que predispõe o organismo, entre outras coisas, a gripes e resfriados.

Alguns hábitos simples de higiene, como não compartilhar alimentos, copos e objetos de uso pessoal; lavar as mãos com frequência com água e sabão, cobrir o nariz e a boca quando espirrar, evitar o contato direto com pessoas doentes, evitar permanecer em locais fechados e com muita gente, são bastante eficazes para evitar os riscos de contaminação.

As gripes e resfriados, bem inconvenientes, são infecções virais que atingem principalmente as vias respiratórias e que levam embora o bom humor, roubam o bem estar e nossa disposição. É dor de cabeça, dor no corpo, febre, garganta inflamada, congestão nasal e desânimo. Que nos desculpem esses vírus todos, mas que desprazer é receber esses intrusos!

Gripes e resfriados não são a mesma coisa e a gripe não é também o resfriado agravado como pensam alguns. O resfriado é causado por mais de 200 vírus diferentes; já a gripe, é causada pelo vírus influenza. Para saber reconhecer uma gripe ou resfriado, basta dar uma olhadinha na tabela aqui embaixo.

Sintomas
Febre
Dor de cabeça 
Dores no corpo 
Fadiga/fraqueza
Exaustão
Nariz entupido
Espirros
Dor de garganta
Desconforto no peito/ tosse 
Complicações

Resfriados
Rara
Rara
Leve
Muito Leve
Nunca
Comum
Frequente
Comum
Leve a moderado
Sinusite/Dor de ouvido

Gripe
37°C a 39°C 
Acentuada
Acentuada
Acentuada
Acentuada no início
Ocasional
Ocasional
Ocasional
Comum
Bronquite/Pneumonia

Embora sejam todos bem desagradáveis, a verdade é que alguns desses sintomas são respostas naturais e positivas do nosso organismo no processo de cura; são provas de que o sistema imunológico está fazendo o seu papel, lutando bravamente contra a doença. A febre, por exemplo, é um sinal de que nosso corpo está tentando matar os vírus através do aumento da temperatura. A tosse, outro sintoma positivo, é o recurso espontâneo para que o sistema respiratório elimine o muco que carrega os germes para os pulmões e para o resto do corpo. 

Tomar medicamentos sem prescrição médica nunca é uma boa alternativa, pode não adiantar e até mesmo agravar o quadro. Nos casos de resfriados e gripes leves a moderadas, as soluções caseiras simples podem ser tudo o que se precisa para o alívio dos sintomas, então aqui vão algumas dicas que podem ajudar:

1. Nunca fume. E se é fumante, que tal parar agora? E se ainda não parou, não fume quando resfriado ou gripado e evite ficar em ambientes com fumantes.

2. Tome muito líquido. A gripe, principalmente, pode desidratar, especialmente se a febre for acompanhada por vômito ou diarreia. Água e sucos de frutas são as melhores e as mais saudáveis opções. Fique longe de bebidas com cafeína, como café e chá preto, porque a cafeína atua como diurético. Se quiser ter certeza de que está recebendo quantidade suficiente de líquidos basta ver se a urina está amarelo bem clarinho, quase incolor. Se não estiver, tome mais líquidos.

3. Chá de ervas com mel pode trazer alívio para a dor de garganta. Se estiver com enjoo de estômago, tente tomar pequenos goles de líquidos com intervalos de tempo; tomar de uma vez pode pode provocar vômito. 

4. Ouça o seu corpo; se ele está dizendo que você não deve se exercitar e sim passar o dia todo na cama, faça isso; quando estiver bem você pode retomar a disciplina na atividade física. O descanso apoia a capacidade do organismo de combater as infecções e o bom funcionamento do sistema imunológico.

5. Assoe o nariz muitas vezes; é importante não ficar fungando o muco para dentro do corpo. assoar é muito importante, mas da maneira certa. Não se deve assoar com muita força porque a pressão exagerada pode levar o catarro e os germes para o ouvido. A melhor forma é pressionar uma narina com o dedo indicador enquanto assoa delicadamente a outra, usando sempre lenço de papel descartável que, além de mais higiênico, é mais macio e amigo da pele.

6. O nariz entupido costuma incomodar bastante, mas tente tratá-lo com água morna e sal que ajuda a amenizar a congestão nasal além de auxiliar na eliminação de vírus e bactérias. A misturinha correta é a seguinte: 1/4 de colher de chá de sal e 1/4 de colher de chá de bicarbonato de sódio em um copo água morna. Uma seringa sem agulha é a melhor forma de esguichar essa mistura no nariz. Mantenha uma narina fechada enquanto aplica a mistura na outra narina. Deixe escorrer. Repita duas ou três vezes em cada narina.

7. Mantenha-se aquecido e repouse. Manter-se aquecido não quer dizer passar calor; isso provocaria suor e perda de líquido; manter-se aquecido significa permanecer agradavelmente aquecido para ajudar seu corpo na batalha imunológica. 

8. Faça gargarejo. O gargarejo ajuda a umedecer a garganta inflamada e trazer alívio temporário. Tente meia colher de chá de sal dissolvido em 1 copo de água morna, quatro vezes ao dia. Para reduzir a coceira na garganta tente um gargarejo adstringente com chá que contém tanino, como o chá verde por exemplo, na temperatura ambiente.

9. Dormir com um travesseiro extra ajuda a aliviar o congestionamento das vias nasais. Se o ângulo ficar desconfortável, tente colocar almofadas entre o colchão e o suporte do colchão para criar uma inclinação mais suave.

10. Respirar o ar úmido ajuda a aliviar a congestão nasal e a dor de garganta. Uma estratégia eficaz é a abrir o chuveiro bem quente, esperar o banheiro ficar cheio de vapor e ficar ali no banheiro inalando o vapor durante alguns minutos, se possível mais de uma vez ao dia.

11. Atenção de uma pessoa querida. Se um amigo ou familiar se oferecer para ajudar, mesmo que seja só para estar perto e melhor ainda, pra fazer uma sopinha, aceite. Os efeitos psicológicos do carinho e da atenção são muito reconfortantes. 

12. Aquecer os pés ao deitar para controlar o ritmo metabólico e respiratório.

13. Sempre depois de um problema de garganta, jogue fora a escova de dentes substituindo-a por uma nova. E se você costuma ter problemas de garganta recorrentes, troque a escova a cada mês pois os germes ficam entre as cerdas. 

Este texto tem apenas caráter informativo e não pretende diagnosticar ou substituir uma consulta ou acompanhamento médico. 

Ref.: Influenza and common cold – American Academy of Family Physicians
 http://coldflu.about.com

Outono - Dr. Weleda

Estamos no Outono.


Isso significa que entramos em um período de “meia-estação” que precede uma estação extrema (inverno e verão). Com a aproximação do inverno, é importante prevenir o que essa estação traz de ruim para nossa saúde: Gripes e Resfriados. Essas afecções podem ser encaradas como uma “adaptação” ao frio. 

Mas adaptar-se não deve significar resfriar-se. É possível prevenir, e principalmente as crianças merecem uma atenção especial por serem mais abertas ao meio ambiente tornando-se mais suscetíveis a contrair as viroses dessa Época. 

O que fazer? Na alimentação, devemos ter o cuidado de ingerir alimentos frescos e de preferência orgânicos ou biodinâmicos, pois estes contém um plus de vitalidade e além disso, ingerir frutas que contenham uma boa quantidade de vitamina C como , acerola, caju, goiaba ,manga, carambola e laranja. Aquecer as extremidades também é muito importante para manter o calor de todo o organismo, o que ajuda a aumentar nossas defesas.

Como medicamento ideal, temos o Previgrip , uma combinação de sais, plantas e frutos equilibradas que aumentam a resistência de nosso sistema imune. A apresentação em glóbulos, ao meu ver, sempre se mostrou eficaz para as crianças. O mesmo valendo para a apresentação líquida para adultos. Bom Outono e melhor Inverno para todos.

Dr. Samir Rahme
CREMESP 42972