Por Andreza Sichieri Mantovanelli Pestana Mota
Ontem realizamos a primeira oficina da lanterna na Flor de Lótus. Foi uma manhã muito agradável, cheia de realizações.
Iniciamos o dia com uma roda, onde falamos do sentido da comemoração de São João em nossa escola. Partindo das palavras de João Batista, "Eu devo diminuir, Ele deve crescer", passamos ao símbolo da fogueira, onde a madeira diminui seu tamanho para que o fogo possa ascender. A madeira (lenha) representa o físico, a matéria, o homem encarnado; já o fogo representa o que há de mais nobre no ser humano, o Eu, a centelha divina. Fizemos uma roda e cantamos com os pais algumas canções. Depois, seguimos para a confecção das lanternas.
A época de São João nos convida a uma interiorização, uma reflexão sobre nossas atitudes cotidianas. Sendo o fogo um elemento transformador, como podemos transformar o meio e manter acesa a chama da esperança?
Rudolf Steiner sugere formarmos "seres humanos livres que sejam capazes de, por si mesmos, encontrar propósito e direção para suas vidas.” Eis o que o mundo precisa: de mais seres humanos seguros e conscientes de si para atuar de forma transformadora.
Outro não é o papel de nossa escola senão a proteção da infância. As crianças brincam a fim de que seu potencial inato de imaginação possa se transformar na criatividade adulta. Mantê-las em contato com o que é natural, orgânico, conectá-las com a terra e com a natureza, alimentá-las com comidas saudáveis, são estas nossas principais ferramentas.
Carregando em nossos corações o pensamento que "toda a educação é auto-educação e que os nossos professores e educadores são, no fundo, apenas o ambiente da criança que possibilita a sua auto-educação", saímos deste encontro com a missão de fazer nosso fogo ascender cada dia mais, cultivando em nós o calor e toda a luz que a época de São João nos remete.