9 de dez. de 2011

A Dieta do Equilíbrio

Segundo a antroposofia, a alimentação influencia os aspectos físico, emocional e espiritual do homem. Por isso, é importante termos uma dieta sadia, equilibrada e rica em energia etérica vital.

Alimentação equilibrada é sinônimo de boa saúde. Quem come moderadamente, procurando variar os alimentos e se preocupando com a sua procedência, certamente terá mais resistência às doenças, vigor, disposição e energia. Somos aquilo que comemos: quem ingere alimentos sadios terá um organismo são. As pessoas que consomem alimentos de origem duvidosa, ricos em substâncias artificiais (corantes e conservantes, além de adubos químicos e agrotóxicos na origem), açúcar e gorduras em excesso, certamente serão fortes candidatas a adoecer e desenvolver os chamados males da civilização, como excesso de peso, diabetes, problemas circulatórios, cálculos renais e na vesícula, entre outros.

Nas grandes cidades, porém, o ritmo de vida frenético faz com que as pessoas se alimentem mal, em horários irregulares, ingerindo rapidamente uma refeição ligeira nos fast-foods. Somos bombardeados pela mídia com apelos irresistíveis e procuramos compensar nossas carências e problemas emocionais comendo coisas “gostosas”, compulsivamente, até mesmo sem estar com fome. E só interrompemos esse círculo vicioso quando o médico nos faz um sério alerta ou a doença nos pega de surpresa.

Antes que isso aconteça, no entanto, o melhor é fazer uma pausa e tentar mudar a alimentação. Pessoas espiritualizadas, em busca de sua verdade interior, certamente irão se identificar com os conceitos da alimentação antroposófica, cujo principal objetivo é manter o organismo sadio e promover sua união com o “eu” espiritual. Mais que isso: esse tipo especial de alimentação, unida à medicina antroposófica, procura curar e prevenir doenças.

A nutricionista Cristina Bustamente é uma das divulgadoras da alimentação antroposófica e entusiasta dos seus benefícios. Ela explica que a base dessa alimentação são os alimentos orgânicos, cultivados sem o uso de adubos químicos ou inseticidas, e biodinâmicos, plantados segundo os princípios da agricultura biodinâmica, desenvolvida pelo criador da antroposofia, Rudolf Steiner. É permitida a ingestão de carne vermelha e branca, desde que os animais sejam criados em liberdade e não recebam hormônios ou ração. Também não há restrições contra a carne dos peixes, ricas em gorduras insaturadas.

O grande segredo é moderação e variedade. Ou seja: pode-se comer carne, desde que em pequenas quantidades e somente alguns dias por semana. A grande fonte de proteínas devem ser os laticínios, as leguminosas – como feijão, lentilha, ervilha e grão-de-bico – e os ovos (apenas duas vezes por semana). O açúcar deve ser substituído pelo mel ou melado e os doces pelas frutas secas. Pode-se usar também a stévia, um adoçante extraído de plantas, pois estudos indicam que ela favorece a circulação, reduzindo as possibilidades de arteriosclerose.

Margarina e banha de porco também devem ser deixadas de lado e substituídas pela manteiga e pelo óleo vegetal prensado a frio. A manteiga e o creme de leite, embora sejam de origem animal, por se dissolverem à mesma temperatura do corpo humano, não são vistos como vilões formadores do mau colesterol, mas como fontes de vitaminas, sais minerais e boas gorduras, que irão ajudar na sintetização de hormônios. Mas a sua ingestão deve ser limitada a duas colheres de chá de manteiga e uma colher de sopa de óleo por refeição

Os alimentos podem ser assados ou cozidos e jamais fritos. Além disso, quem ingere bastante fibras de origem vegetal conta com o seu auxílio para absorver e levar consigo, nas fezes, o excesso de colesterol. As crianças, por sua vez, precisam consumir um pouco mais de gordura, pois estão em fase de crescimento e necessitam dela para a estrutura das células e síntese dos hormônios.

Também há restrição contra a ingestão de batatas e tomates, por serem plantas da família das solanáceas, que geram substâncias químicas denominadas saponinas, as quais são tóxicas e destroem as células sangüíneas. Deve-se igualmente evitar os cogumelos, que crescem no escuro, sem luz, sobre substâncias em decomposição, retendo uma energia negativa. Já os vegetais que se desenvolvem sob a luz do Sol e realizam o processo de fotossíntese retêm essa energia positiva e benéfica, que é transmitida ao ser humano.

Os brotos de sementes – como os de alfafa, ricos em vitamina C, feijão, etc. – também são recomendados como fontes de vitaminas, sais minerais e, por conterem hormônios de crescimento, benéficos às nossas células. Além disso, sua energia é extremamente positiva, pois neles a vida está em seu apogeu. Mas quem adora batatas, tomates, cogumelos e até mesmo chocolate não precisa ficar em pânico: “Nada faz mal quando consumido em pouca quantidade e esporadicamente. Comer uma pequena porção de batatas ou umas fatias de tomate de vez em quando, ou um pedacinho de chocolate, para matar a vontade, não vai prejudicar ninguém”, ensina Cristina Bustamante.

Panelas de aço inoxidável: ideais para cozinhar porque não soltam resíduos.

"Na visão antroposófica, a alimentação especial e equilibrada pode estar nos beneficiando tanto no plano físico quanto no etérico. Ou seja: tanto nas funções fisiológicas, como na parte emocional ou espiritual. Daí a necessidade de se estar vendo a alimentação não só como um instrumento para a saúde, mas também para o autodesenvolvimento, na medida em que o corpo é o instrumento da alma”, explica.

Ao ingerir alimentos puros que não degradam o meio ambiente, o ser humano está se integrando à natureza e também ao cosmos, ampliando sua percepção espiritual. A antrosofia pressupõe que, além do nosso corpo físico, temos mais três corpos sutis “acoplados” a ele: o corpo vital, o corpo astral (das sensações e emoções) e o corpo do eu, relacionado com o espírito. Assim como o corpo físico é alimentado pelas substâncias físicas provenientes dos alimentos, os corpos sutis também são “alimentados” pelas substâncias energéticas contidas nesses mesmos alimentos.

Os alimentos de origem mineral são desprovidos de vida e devem ser ingeridos moderadamente, como é o caso do sal e do açúcar. (O açúcar é de origem vegetal, mas tem características de um mineral.) Sal e açúcar em excesso tendem a “mineralizar” o nosso corpo, enrijecendo as articulações, criando cálculos nos rins e na vesícula e nos desvitalizando. O animal, por sua vez, já utilizou parte da sua energia etérica, transformando-a em instintos e sensações. Por isso, a ingestão de carne animal irá sobrecarregar o nosso organismo, que terá de destruir essa energia astral estranha, além de nos transferir as qualidades desses seres, como excesso de agressividade e sensualidade. Nesse caso, a exceção fica por conta do leite e dos ovos. O leite contém ainda energia etérica altamente benéfica, isenta de energia astral, pois se destina a transmitir vida a uma cria, sendo “doado” com amor. O ovo fecundado, da mesma forma, contém a vida em seu interior, pronta para se desenvolver, mas não tem a energia astral da própria ave.

Por crescerem sobre substâncias em decomposição, os cogumelos retêm energia negativa.

O segredo de uma alimentação sadia, sob o ponto de vista da antroposofia, não está apenas em ingerir alimentos saudáveis e descontaminados, mas que sejam igualmente frescos e cheios de energia etérica vital. Isso não acontece com as conservas, congelados, alimentos industrializados e enlatados, que devem ser deixados de lado. Da mesma forma, não se recomenda o uso do forno de microondas, na medida em que esse tipo de ondas destrói essa energia benéfica. O melhor é sempre cozinhar pequenas porções de alimentos e evitar que fiquem “rolando” na geladeira. No entanto, é viável cozinhar uma refeição à noite e guardá-la na geladeira a fim de ser ingerida no trabalho, durante o almoço. Nesse caso, porém, o indivíduo terá de comer alimentos frescos nas demais refeições.

O uso correto dos utensílios de cozinha também é fundamental para conservar a energia etérica dos alimentos. As panelas mais indicadas são as de aço inoxidável, vidro e pedra-sabão, por não desprenderem resíduos. As que causam mais danos são as de alumínio, na medida em que partículas dessa substância ingeridas diariamente podem, a longo prazo, causar doenças. Da mesma forma, deve-se evitar o uso de papel alumínio ou utensílios desse material para guardar água, sucos ou comida.

Alimentação variada – Segundo a nutricionista Cristina Bustamante, “a grande crítica contra a dieta vegetariana ou com pouca ingestão de carne é que há o risco de a pessoa ficar anêmica. Mas uma dieta equilibrada e balanceada irá fornecer ao organismo todos os nutrientes de que necessita, especialmente o ferro. É verdade que o ferro de origem animal é absorvido mais rapidamente pelo nosso aparelho digestivo, porém, quando ingerimos os alimentos vegetais ricos desse metal, o nosso organismo ‘aprende’ a processá-lo de maneira mais eficiente”, explica. Além disso, é igualmente importante ingerir leite fresco integral de boa qualidade e laticínios como fontes de vitamina B12, presente na carne. Quanto mais variada for a alimentação, melhor, porque aí o indivíduo terá a certeza de estar ingerindo todos os elementos necessários ao bom funcionamento do seu organismo. 

Porém, são contra-indicadas as vitaminas, sais minerais e oligoelementos sintetizados, por serem substâncias artificiais e estranhas ao nosso corpo.

Os laticínios (leite, queijos, iogurtes e coalhadas) e os cereais (arroz, centeio, aveia, trigo integral, painço, trigo sarraceno, cevada e milho) são alimentos ideais para serem consumidos diariamente. Já as leguminosas, como feijão, lentilhas, ervilhas e grão-de-bico, são boas fontes de proteína, mas devem ser ingeridas apenas três vezes por semana, durante o almoço. Os ovos podem ser comidos cozidos, ou entrar na composição de pratos; o seu consumo, porém, deve se limitar a duas unidades por semana.

Cristina Bustamante faz uma observação importante: não adianta nos preocuparmos apenas com o organismo e ignorarmos o nosso lado emocional, pois corpo e alma estão ligados e são, na verdade, uma coisa só. Quem se alimentar corretamente com certeza vai ficar mais forte e irá adquirir resistência contra doenças. Mas poderá adoecer se continuar introjetando seus medos, frustrações, angústias, raiva, ódio e amarguras, que poderão desencadear males crônicos, como artrites, gastrites e gerar até mesmo um câncer. “Devemos resolver as nossas pendências emocionais por meio de terapias, a fim de que tenhamos uma mente sã num corpo são, buscando a nossa paz interior”, adverte. Ela também não descarta fatores genéticos como a origem de doenças e até mesmo pendências carmáticas trazidas de outras vidas.

Sugestão de Cardápios


Adolescência

Na puberdade, o apetite aumenta bastante, sendo necessário refrear a ingestão de alimentos em excesso, para que o adolescente não fique exageradamente gordo. Frituras, refrigerantes e doces devem ser evitados, assim como hambúrgueres, batata frita e outras guloseimas que eles tanto gostam. Para os que sentem muita necessidade de carne bovina, recomenda-se o uso de vitela, pobre em hormônios sexuais. Nozes e avelãs são especialmente indicadas para estimular os processos mentais, assim como raízes (cenoura, beterraba, nabo, rabanete, raiz forte, etc.) e os cereais integrais, ricos em vitaminas do complexo B, principalmente a vitamina B1, que ajuda na digestão e assimilação dos carboidratos (açúcares), fonte de energia para o cérebro. Os cereais também contêm o fósforo, elemento que estimula os processos mentais.

• Cardápio para o adolescente

Desjejum – Fruta (mamão, de preferência); iogurte com musli (flocos de cereais, frutas secas picadas, nozes e mel); chá ou café descafeinado com leite; pão integral (trigo ou centeio) com manteiga e queijo.Lanche da manhã – Antes do almoço, pode-se comer uma fruta ou tomar um suco de frutas com legumes (laranja com cenoura, ou beterraba com maçã e erva-doce).Almoço – Salada: de preferência com vegetais crus, contendo folhas e raízes; cereal integral (trigo, arroz, milho, painço, aveia, cevada); prato proteico (fonte de proteínas): leguminosas – feijão, ervilha, lentilha, soja, grão-de-bico (duas a três vezes por semana), ou ovo (duas unidades por semana) ou peixe (uma porção por semana) ou queijo/ricota; verduras, legumes e raízes refogados. Lanche da tarde – Igual ao da manhã.Jantar – Salada crua; sopa com verduras variadas e engrossada com cereais; pão integral com manteiga e ricota ou queijo; fruta de sobremesa.


Menopausa:

A mulher, na menopausa, para evitar a reposição hormonal com medicamentos sintéticos, deve ingerir a soja, leguminosa rica em isoflavona, substância que protege o organismo dos efeitos desagradáveis dessa fase da vida. Leite e laticínios ajudam a prevenir a osteoporose. A mulher deve evitar a ingestão de carne, preferindo uma dieta ovo-lácteo-vegetariana.

• Cardápio para a menopausa

Desjejum – Chá ou café descafeinado com leite; pão integral com tahine (pasta de gergelim) e tofu (queijo de soja); fruta.Almoço – Salada (verduras, legumes); trigo em grão; soja (proteína texturizada em pratos diversos); legumes refogados.Jantar – Vitamina de leite de soja com frutas, mel e flocos de cereais integrais; biscoitos integrais; fruta.

Texto de Cristina Bustamante

27 de nov. de 2011

Escolas Waldorf contestam resolução que exige aluno de 6 anos na 1ª série

Por Mariana Mandelli, estadao.com.br, Atualizado: 26/11/2011 16:54

Escolas Waldorf contestam resolução que exige aluno de 6 anos na 1ª série
"AE"
Espaços abertos com muito verde, lancheiras customizadas e salas de aula com paredes cheias de pinturas. Não há sinal de cartazes com letras e números, indícios de que os alunos estão em processo de alfabetização. Enquanto alguns colégios e muitas famílias brigam na Justiça para apressar o ingresso das crianças no ensino fundamental, as escolas que seguem a pedagogia Waldorf vão na contramão: defendem que elas só entrem nesta etapa aos 7 anos de idade.

O caso das escolas Waldorf chegou ao Conselho Nacional de Educação (CNE), que deve emitir um parecer específico para esses colégios, analisando a possibilidade de a criança ingressar mais 'velha' nessa etapa de ensino, nas próximas reuniões. O órgão, ligado ao Ministério da Educação (MEC), é autor da resolução que estabeleceu 4 e 6 anos completos até o dia 31 de março para ingresso na pré-escola e no ensino fundamental, respectivamente.

Na prática, Estados e municípios adotam suas próprias datas. Em meio à discussão, nesta semana, uma ação civil pública, do Ministério Público Federal no Distrito Federal, propôs o fim da resolução do CNE, com o argumento de que as redes devem ter autonomia. A 2.ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco concedeu a liminar. O MEC afirma que vai recorrer da decisão.

O caso das escolas Waldorf, cuja pedagogia se baseia na ideia de que o desenvolvimento humano ocorre em períodos de sete anos, divide especialistas. 'Os pais têm o direito de optar por uma escola diferenciada para os filhos', afirma Francisco Cordão, presidente da Câmara de Educação Básica do CNE e relator do parecer. 'Proponho que a proposta da Waldorf seja aceita. Não é flexibilizar a regra. Flexibilizar seria se permitíssemos a matrícula com 5 anos.'

Cesar Callegari, também do CNE, entende que não é necessário alterar a norma. 'Se abríssemos uma exceção, fragilizaríamos uma orientação nacional, embora as redes já tenham certa autonomia', afirma. 'As escolas Waldorf podem organizar o currículo levando em conta seus preceitos. Não existe um cardápio pronto para crianças de 6 anos.'

A Federação das Escolas Waldorf no Brasil também protocolou uma consulta ao Conselho Estadual de Educação (CEE). Segundo Celso Lima Junior, advogado da federação, um dos objetivos é evitar que supervisores de ensino obriguem as crianças a passarem de ano. 'Entramos com dois processos por conta disso em São Paulo e há casos em outros Estados.'

O presidente do CEE, Hubert Alquéres, afirma que as escolas podem escolher suas datas, desde que respeitem o dia 31 de junho, estabelecido pelo Estado. 'Como as escolas Waldorf pedem que a criança complete a idade no ano anterior, está dentro do limite', explica. Ele vai pedir ao órgão para formalizar uma resposta. 'Mas já tínhamos dado essa orientação a municípios com dúvidas, por meio de documentos e de teleconferência.'

7 de nov. de 2011

Escola investe no básico e faz sucesso entre "tecnológicos"

Método de ensino valoriza atividades manuais para despertar a criatividade e conquista adeptos no epicentro da alta tecnologia mundial

Publicado em 01/11/2011 | DA REDAÇÃO, COM THE NEW YORK TIMES - COM TRADUÇÃO DE ADRIANO SCANDOLARA

O essencial

Criado pelo alemão Rudolf Steiner, em 1919, o método Waldorf chegou ao Brasil em 1956. Entre seus principais diferenciais estão:

Materiais orgânicos

Evita-se o uso de plástico e outras substâncias sintéticas. Brinquedos e objetos pedagógicos são feitos de madeira, pano ou argila.

Trabalhos manuais

Valoriza-se práticas como marcenaria, tricô e outras que exijam esforço físico, concentração e criatividade.

Artes

Música, pintura e escultura fazem parte do cotidiano dos alunos e estão presentes em todas as disciplinas. Todos aprendem a tocar algum instrumento e a cantar.

Ensino em ciclos ou “épocas”

Durante um mês, por exemplo, ocorre a “época de História”, no mês seguinte vem a “época de Matemática” e assim com todas as disciplinas.

Não à tecnologia em sala de aula

Computadores e equipamentos eletrônicos são considerados desnecessários ao desenvolvimento saudável das crianças. A pedagogia Waldorf não condena a tecnologia, mas seu uso na educação só é aceito para alunos mais velhos, a partir do ensino médio.

As principais ferramentas de ensino de algumas escolas norte-americanas localizadas no Vale do Silício – epicentro da economia tecnológica e onde estão as sedes de gigantes como Google, Apple, Yahoo e Facebook – não têm nada de alta tecnologia: quadro-negro com giz colorido, estantes com enciclopédias, mesa de madeira cheia de apostilas, lápis preto, papel e agulhas de tricô. Não há um único computador à vista. Eles não são permitidos em sala de aula e o colégio até desaprova seu uso em casa. Essa postura faz parte do método Waldorf de ensino, adotado em vários países e presente em 82 escolas no Brasil e cerca de 160 nos Estados Unidos.

Essas escolas caminham na direção oposta da grande maioria das instituições de ensino. Vincu­­lar o aprendizado com no­vas tecnologias é um caminho defendido por muitos especialistas. Contudo, a metodologia waldorfiana está focada em atividade física e aprendizado por meio de tarefas criativas e manuais. Aque­­les que apoiam essa abordagem dizem que os computadores inibem o pensamento criativo, a atividade, a interação humana e a atenção.

Entre os alunos de uma das escolas Waldorf de Los Altos, na Califórnia, três quartos são filhos de pessoas que trabalham nas grandes corporações do Vale do Silício e têm forte conexão com a informática. Alan Eagle, 50 anos, é formado em Ciência da Com­­putação e trabalha na área de co­­municação executiva do Google. Ele usa iPad e smartphone e matriculou os dois filhos, Andie e William, em instituições com essa metodologia. Como outros pais, Eagle não vê contradição na postura adotada com os filhos. A tecnologia, diz ele, tem tempo e lugar. “Eu rejeito a ideia de que se precisa de auxílios tecnológicos no ensino fundamental. É ridículo defender que um aplicativo de iPad possa ensinar meus filhos a ler ou a fazer aritmética melhor”, diz.

Comparação

Defensores do método Waldorf dificultam a comparação com outras metodologias. Em parte porque não são administrados testes padronizados nas séries primárias. Eles seriam os primeiros a admitir que alunos das séries iniciais podem não obter boas notas nessas provas pelo fato de não serem treinados segundo um currículo padrão de Matemática e Leitura. Diante disso, o debate recai na subjetividade, na escolha parental e numa diferença de opinião sobre envolvimento.

Paul Thomas, professor de Educação na Universidade de Furman (EUA) e autor de 12 livros sobre métodos de educação pública, diz que “uma abordagem parcimoniosa da tecnologia na sala de aula sempre beneficiará o aprendizado”. Contudo, ele afirma que “a tecnologia é uma distração quando precisamos de alfabetização, alfabetização matemática e pensamento crítico”.

Na área pedagógica, uma preocupação comum a respeito do método Waldorf refere-se aos casos em que um aluno é transferido para uma escola mais convencional. Na opinião da professora Maísa Pannuti, dos cursos de Pedagogia e Psicologia da Univer­­sidade Positivo, as crianças da educação infantil são as que sentem mais o impacto da mudança, já que as escolas Wal­­dorf não alfabetizam até os 7 anos de idade. Entretanto, o processo de adaptação costuma ser curto. “Eles desenvolvem muito bem outros aspectos essenciais à primeira infância. Por isso acabam se adaptando rápido”, diz Maísa.

Despedida!!!

Tenho dois filhos, sou mãe Waldorf desde 2007 e desde então apaixonada pela pedagogia e pela proposta inovadora que ela traz!

Em 2011, um grupo de mais ou menos dez pessoas comprometidas se reunia praticamente toda semana para sonhar com a construção e consolidação do Ensino Fundamental em Marília, já que a escola aqui  oferecia apenas a educação infantil e havia dado o primeiro passo com a abertura da 1ª turma do 1º ano do EF.

Foram incansáveis reuniões; idas à Botucatu na Escola Aitiara, São Paulo na Federação das Escolas Waldorf do Brasil, contatos com pessoas da Escola Francisco de Assis, da escola Anabá (Florianópolis), da Viver (Bauru), tudo para enriquecer ainda mais nosso projeto. Fizemos, no decorrer do ano, uma ampla divulgação da escola, com banner, eventos e  iniciamos um grupo de discussão/estudos com toda a comunidade de pais e amigos.

Participamos do III Congresso Brasil de Pedagogia Waldorf e seis professoras da escola estão cursando o seminário de formação em Botucatu.

Encontramos um lindo e amplo imóvel para alugar, contudo, por motivos outros não deu certo a locação. Como já estávamos no fim do ano (outubro!) e ante a necessidade de irmos para um espaço maior, foi proposta a separação física da escola: no prédio onde está instalada funcionaria a Unidade I (com berçário e maternal) e na Fazenda Cascata, ha aproximadamente um quarteirão da Unidade I, teríamos a Unidade II (com Jardim e Ensino Fundamental). A proposta não agradou a todos e como em uma Escola Waldorf quem manda é o CONSENSO, nosso projeto foi interrompido. A escola de Marília mudará para uma linda casa que abrigará perfeitamente toda a Educação Infantil..

Assim, como meu filho já está entrando no segundo setênio, decidimos correr atrás do que acreditamos: VAMOS ESTUDAR NOSSOS FILHOS EM UMA ESCOLA WALDORF.

Em 2012 estaremos em outra cidade, com novos planos, novos projetos e novas realizações!

Eu acredito na proposta trazida pela Pedagogia Waldorf.

Agradeço a todos os amigos que compartilharam comigo este sonho! Vou continuar com o Blog, trazendo cada vez mais informações de nossa experiência!

Abraços fraternos!

Andreza

24 de out. de 2011

o Sarau cultural


As crianças se divertiram no parque...




Abertura

As professoras do fundamental iniciaram com "Enquanto houver sol" (Titãs)

Participação de pais de alunos


Coral das professoras - o verde é maravilha!!!



A música "Canta, Brasil" fez todos cantar juntos!!

Poema de Cecília Meireles para adoçar a tarde!
Teatro "A barca da Tartaruga" encenado pelos alunos do fundamental


























Professora de alemão recitou poema
Avó de aluna do maternal recitou poemas