Não há nada pior do que justificar aquilo que, à rigor, não deveria ser justificado. Ainda assim, sempre que somos levados à justificar os motivos de termos levado nossa família pra outra cidade, quando tudo estava bem – financeiramente falando - onde estávamos, lembramos que nesse caso sempre valerá à pena gastar um pouco de tempo expondo os verdadeiros motivos. E o motivo central é a crença de que existe, dentro desse mundo carente de sentidos, um tipo de “escola” e “pedagogia” com potencial de ir muito além desse “modelito” egoísta e ultrapassado que visa apenas formar alunos pro tal do “mercado de trabalho” (como se o mundo do trabalho de hoje fosse uma das sete maravilhas da humanidade, e não fosse um dos maiores, senão o maior responsável pelo adoecimento físico e mental dos seres humanos). Pois uma escola que trabalha, em seu currículo, uma forma de abordagem sobre a evolução do ser humano de modo integral (pensar, sentir e querer), e ainda possibilita que o processo pedagógico seja um indutor do potencial transformador que existe dentro de cada ser humano, efetivamente existe.
Claro que com todas as suas idiossincrasias, seus defeitos, seus limites, mesmo porque à frente dela estão seres humanos. Mas trata-se de uma escola que, se levada a sério (e aqui falamos de comprometimento principiológico), pode propiciar tudo isso não apenas aos seus alunos, mas a todos que dela se aproximarem (pais, funcionários, simpatizantes). Uma escola que naturalmente deve experimentar seus próprios conflitos, mas que deixa claro que vale à pena tê-los, como vivência e como experiência.
Levar nossos filhos – ou por eles termos sido levados – à uma escola que trabalha a Pedagogia desenvolvida por Rudolf Steiner foi um marco balizador de nossas vidas.
Sabemos que apenas os que “bebem dessa fonte” terão uma ideia da amplitude do que falamos. Mesmo assim, como dissemos, sempre valerá à pena gastar tempo e energia justificando uma opção que se pudesse estar ao alcance de todos certamente seria o divisor de águas na vida de várias pessoas.
E sempre valerá à pena gastar nossa energia num ambiente desses também como forma de crescimento e desenvolvimento.
Andrezza, concordo plenamente.
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