19 de abr. de 2012

Arte e Educação



Painél feltrado inspirado no conto de fadas " As Moedas estrelas"

                                    
NADA DETÉM O AMOR
NEM OS FECHOS MAIS DUROS
NEM AS TRANCAS
NEM OS MUROS
NÃO TEM FIM NEM COMEÇO
ELE É SEMPRE EXISTENTE
SUAS ASAS BATENDO ETERNAMENTE
Rudolf Steiner



            
        

                              Painel feltrado

A Pedagogia Waldorf baseia-se, como já foi mencionado, numa visão do ser humano elaborada por Rudolf Steiner, baseada numa ciência prática, moderna e ampliada pelo conhecimento da realidade anímica e espiritual. Ela leva à compreensão das fases evolutivas da infância e da adolescência, durante as quais se desenvolvem e se transformam as relações com o mundo e a capacidade de aprender.


Os conteúdos de ensino se relacionam com as respectivas faixas etárias dos alunos. Por isso a constituição das classes obedece ao princípio da idade. O que vale não é o rendimento ou uma diretriz qualquer, mas o resultado a que cada aluno pode chegar.

A Escola é um espaço pedagógico definido, em que os professores buscam o aperfeiçoamento consistente e abrangente do ser humano em formação, nos âmbitos do aprendizado, da criatividade e da formação da personalidade.

Os diversos conteúdos pedagógicos têm o caráter de um “instrumento”, de um recurso pedagógico.


A atividade destinada a formar os alunos considera, além dos resultados anteriores e imediatos, os “efeitos ainda distantes” dos elementos que compõem o plano de ensino, e contribui para que possa amadurecer e aperfeiçoar-se mais tarde o que foi aprendido e assimilado em dado momento. Trata-se de “semear”, tanto em relação à matéria como em relação à estrutura do ensino: as diversas matérias devem oferecer incentivos para o crescimento futuro e para novas abordagens de situações.  É preciso estimular a vontade de aprender, de investigar, de criar e de atuar em grupo. A instrução deve ser vista como instrumento para o desenvolvimento e para a transformação.

Temas da atualidade como pedagogia social, higiene, sexualidade, ecologia, comunicações, informática, e outros, são integrados no currículo. A diversidade da vida social, cultural e econômica encontra sua expressão condizente com a pedagogia, dentro do programa de ensino e nas várias formas práticas de ensinar e de exercitar.

A liberdade no ensino é o fundamento e a condição prévia para a realização da grande tarefa: “Educação para a liberdade”. Uma escola que pretende ser adequada à realidade precisa fazer com que os seus professores constantemente busquem a atualização de seus métodos e planos de ensino; o mesmo princípio vale para a estrutura do currículo e para a escolha dos temas a serem tratados. Por esse motivo, também os princípios didáticos têm apenas caráter de diretrizes. O princípio da exemplaridade é fundamental para a realização do currículo global. De acordo com as exigências da época, um professor poderá preferir conteúdos novos àqueles do passado (sem abandonar a meta da sua atividade formadora), ou ele deixará conscientemente de fazê-lo. Ele precisa ter a coragem de proceder a uma escolha de acordo com as necessidades pedagógicas, e ele não deve prejudicar o entusiasmo de aprender, a alegria de saber, a curiosidade, a postura de pesquisa e a admiração, pela vinculação a conteúdos prefixados e a um volume de informações. A escolha de assuntos a serem tratados deve naturalmente estar sujeita a vários critérios: que temas possuem uma dimensão universal ( por exemplo, narrativas do Antigo Testamento, a transição da visão ptolomaica do universo para o enfoque de Copérnico, o motivo de Fausto como expressão da luta do homem pelo conhecimento do mundo etc.); quais se relacionam com determinados povos (mitologia nórdica, mitos dos índios relativos à criação do mundo, sagas locais, geografia de vários países, canções dos povos, história nacional etc.) e quais os que reproduzem problemas de uma época (época do “Pequeno Burguês”, o Pós- Modernismo etc). Resulta dessas questões um campo imenso para a formação, em que os temas podem ser ampliados e atualizados, mas nunca diminuídos ou eliminados no que se refere ao aspecto humano em geral, tendendo a um “modernismo” que, muitas vezes, revela estreiteza de visão.

Direitos autorais reservados à Federação das Escolas Waldorf no Brasil.

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