Se em uma noite, antes de adormecermos tentarmos lembrar passo-a-passo como foi nosso dia, nos surpreenderemos com o tanto de coisas que passam desapercebidas, e com outro tanto de coisas que fazemos e são absolutamente desnecessárias. Fica, as vezes, uma sensação de que deixamos para trás o que seria realmente importante e só nos ocupamos das coisas corriqueiras, das repetiçôes e rotinas que nada acrescentam. O que falta? O que nos falta a cada dia para avançarmos no caminho de sermos mais humanos e completos? E mais: como cuidamos da educação de nossas crianças neste caminho?
O homem tem três grandes aliados nessa trilha da educação. Primeiro a sua vontade, um querer capaz de romper fronteiras e hábitos e trazer para o mundo as mais humanas e grandiosas idéias. Tem ainda seu sentir, âmbito capaz de fazê-lo ligar-se às mais belas criações, admirar e perceber com maior propriedade o mundo. Finalmente, e talvez o mais valorizado de todos os aspectos na atualidade, o homem tem o seu pensar, capacidade cognitiva, com a qual também pode aprender o mundo e seus conceitos e refletindo sobre eles, trazer outras e novas idéias e concepções.
Mas para sermos inteiros, completos, precisamos cuidar desses três aspectos. Equilibrá-los para melhor percebermos o mundo e interagirmos com ele a partir destas três preciosidades a nós concedidas. Podemos nos perguntar como fazer para manter em equilíbrio três aspectos tão diferenciados. A resposta é simples: através da arte, da religiosidade e da ciência. Cada uma delas nos ajuda a equilibrar um dos aspectos que nos tornam homem no sentido holístico, completo.
Na educação de nossas crianças precisamos saber que cada uma dessas três capacidades têm um período onde se desenvolve com maior ênfase e plenitude. Assim, nos sete primeiros anos, temos um grande desenvolvimento do querer/vontade, dos sete aos catorze a ênfase fica com o sentir dos catorze aos vinte e um com o pensar. Uma educação apropriada deve saber estimular e adequar-se ao desenvolvimento humano sadio.
Se formos capazes de nos sintonizar com cada um desses aspectos, se nos "alimentar-mos" deles equilibradamente, certamente estaremos a caminho de um maior equilíbrio interno e permitiremos às crianças que cresçam de forma saudável.
Somos corpo, alma e espírito e somente em um estado de harmonia teremos capacidade de buscar respostas tão sagradas como quem somos e qual a nossa tarefa por aqui.
Arte, religiosidade e ciência, eis aí o caminho para se desenvolver uma educação saudável, integrada com o universo e com o indivíduo.
(Simone Andrea D´Avila Gallo, jornalista e pedagoga)
Com certeza esse artigo tem grande importancia para nossas vidas...
ResponderExcluirAdorei!!!
Gláucio - Pai da Malu Maternal